segunda-feira, 27 de maio de 2013

A leitura faz bem para o corpo e alma. Ler um bom libro faz a gente sonhar. Lendo a gente fica mais leve.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Poesia morta

Pobre poesia a minha.                                                                     
Que não sabe ler nem escrever direito.
Mas que não abre mão dos seus direitos.
Embora cheia de defeitos,
Nunca desiste de me atormentar.
Pobre criatura essa,
Carente de mim para ser e se fazer estrelas.
Logo de mim!
Que também sou carente dela
Para ser e me fazer estradas
Pobre poesia...
Às vezes tenho ânsias de te desprezar.
Mas como faço para dela me livrar?
Poesia doida!!!
Se agarra comigo e me leva consigo,
Pra onde não sei.
Me leva em seus braços,
Por rios que traço,
Desfeita em pedaços.
As vezes que leio,
Assim tão absurdamente nua,
Tão crua...
Eu sinto ânsias de me contemplar.
Mas os traços que faço são os meus retratos
E estão em farrapos e não podem mais te explicar.
Pobre poesia burra...
Pobre poesia morta.

Elci Moreira de Souza
24/05/13

Google

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Perda

Outra vez a solidão me abala
E eu fico assim,
Meio perdida.
Só tão só...
E o que me resta
É procurar-me em mim.
É tão grande esse sentir,
É tão imenso que de novo,
Volto a sentir tormento.
E cai o medo outra vez assim,
Como o barulho tosco da tormenta.
Vai sufocando,
Sufocando,
E me tirando o ar.
Não sei por que
Hoje acordei assim.
E como se grande perda
Se anunciasse,
Eu vou sentindo medo,
De olhar em mim.

Elci Moreira de Souza
01/03/2013

terça-feira, 14 de maio de 2013

A Velhice

A alma descansa sobre as falhas...
Repousa mansamente sobre o tempo,
Apreciando indolentes
 Os minutos se escoando um a um eternamente.
 Um amanhecer sem fim,
De silêncios, saudades e procuras...
E a eterna procura revolve nossa mente,
Retirando do entulho, que restou,
Alguma coisa pra dar forças,
E ir em frente.

Elci Moreira de Souza
1/01/2013

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Cascatas Geladas

Esta manhã eu acordei com frio.
Aquele frio sem nome
Sem Dono,
Sem explicação.
Porque o calor das cobertas,
Não aquece meu coração.
Olhei o relógio e vi,
A minha alma chorando
Com fome de compreensão.
O sereno que do céu caía,
Cobriu-me de solidão.
A vida passou ao longe,
E deu adeus para mim.
Por que as horas do dia
Serão longas e sem fim.
E porque se fez inverno,
E a chuva vai cai de vagar
Inundando minha alma,
E me fazendo sonhar.
E tudo o que já foi verão,
E virou cascatas geladas.
Desfazendo meu verão.
 E o vento da madrugada
Gongela-me os ossos e a carne.
E a cabeça paralisa,
Com medo de ser feliz,
Enganando o coração.

Elci Moreira de Souza.
09/05/13

segunda-feira, 6 de maio de 2013



Perdido na praia

Vou te procurar nas praias do caminho,
E te encontrar perdido em desalinho.
Vou te procurar tão jovem,
Tão ardente,
E te encontrar,
Tão lindo, e transparente.

Vou te procurar, porque te quero assim,
Sorrindo plenamente.
Como quem da vida, fez seu canto.
À caminhar na areia quente cristalina,
Pisando os grãos
De poesia que o mar germina.

Vou te procurar menino,
Meu menino!
Quem sabe eu te encontro outra vez?
E desta vez,
Eu não consiga te perder pra vida.

São tantos os passos que dei,
Em tantos cantos eu já te procurei.
Que me perdi nas veias do caminho.
E minha história, por lá, deixei.

Agora ao teu lado envelhecendo,
Eu continuo procurando encontrar-te meu menino.
E mergulhando estou,
Nas praias do destino.

Elci Moreira de Souza.
25/6/09

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Google

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Descuido

Sou assim um resto d’esperança,
Pétalas derramadas de um jasmim.
Sou passado esquecido na lembrança,
Passos perdido por algum caminho.
Lembrar de mim, desejo,
Mas esqueço,
Os meus pedaços que ficaram por aí.
Se da vida me esqueci um dia,
Foi com certeza um descuido meu.
Quero esperança,
Quero luz,
Voltar a ser criança.
Querer, querer, querer!
Querer sair correr, voar,
Talvez partir.
E no infinito do céu azul, me afogar.

Elci Moreira de Souza
18/04/13