domingo, 28 de abril de 2013

                                   
Só. Sou. Quero.


Sempre estamos sois neste mundo.
Embora um mundo nos cerque,
A solidão é doença,
Que nasce junto com a gente.

Sou uma faísca que se apaga,
Quando mergulho no implacável eu.

Quero me dar.
Repartir-me completamente.
Mas tem uma parte da gente,
Que não se abre pra nada.

É o recôndito abismo do interior.
Este “Eu”, infinito pecado ,
Que não se abre,
Nem para eu conhecer.

E tudo o que sou se abala.
No mistério que se cala,
Chorando a dor de ser.

Que não tem certa a certeza.
Que duvida da beleza,
Do que sou.
Ou do que venha a ser.


                                          Elci Moreira de Souza.
                                                   10/08/1997

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