Brisa Branca
O silencio se espalha por todos os cantos da minha casa.
Portas e janelas, irremediavelmente paralisadas.
Parecem me provocar.
Até mesmo por todos os armários e gavetas
Espalha-se e se avoluma de tal maneira,
Que nem sei explicar.
Nem uma música.
Nem um som.
Só mesmo essa falta do riso da Aninha.
De sua voz forte e travessa.
De sua alegria infantil tão rica tão pura,
Derrama-se por todos os lugares de meu quarto triste.
Estou só.
Só como sempre fui.
A mesma solidão que só se ameniza,
Quando todos voltam para casa.
É este silencio branco que se transforma em vento, em brisa fria.
E me congela a alma,
E mata mais uma vez a vida em mim.
Elci Moréia de Souza
12/09/07
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